Língua Portuguesa - Dom Bosco

segunda-feira, 30 de março de 2015

Comentários

Boa noite a todos! Hoje não pude publicar alguns comentários, porque não estavam com o nome de quem escreveu. Por favor, quando for comentar, identifique-se. Abraços, professora Sílvia Goulart.

Poemas 7ºano

Poemas produzidos pelos alunos da sala 705, decorrentes dos estudos que realizamos no início da etapa.













segunda-feira, 23 de março de 2015

Afrodite

Power point de apoio, elaborado pelas alunas Maria Luiza, Fabrine e Renata, em trabalho apresentado para a sala.












quinta-feira, 19 de março de 2015

Trabalhos Mitologia

O power point abaixo foi produzido pelo grupo do Thiago, da sala 806, e foi usado como suporte para a apresentação do trabalho.





segunda-feira, 16 de março de 2015

Eu sou Malala

Confira o power point sobre o relato pessoal de Malala, que foi trabalhado em sala de aula.














terça-feira, 10 de março de 2015

Mito da criação Africano

Vocês sabiam que os mitos de criação do mundo em diversas culturas (africana, nórdica, greco-romana, entre outras) são chamados de COSMOGONIA? Agora conheçam um mito africano que explica a origem do mundo.

A Árvore da Vida


       Naquele tempo - e faz tempo que ninguém sabe quando foi e nunca soube - não havia floresta, apenas colinas e planaltos a perder de vista, e um rio que atravessava estas terras desoladas. Perto do rio, onde a terra era branca, vermelha e preta, erguia-se a casa de Khmvum, o Criador de todas as coisas.
       Foi lá que Mbere e Nkwa foram encontrá-lo um belo dia, para lhe suplicar que criasse uma grande floresta...
       - Khmvum Bali, tu que dás a vida, bem que podia nos dar uma floresta, povoada por milhares de árvores... - pediu Mbere, com o coração cheio de esperança.
       - Khmvum Kka, tu que és o mais forte entre os fortes, por favor, nos dê uma floresta povoada por milhares de animais... - pediu Nkwa, com o coração cheio de sonhos.
       Khmvum ouviu em silêncio, e depois alisou a barba, olhando firme para eles, com seus olhos escuros como a noite.
       - E por que os meus filhos pigmeus estão querendo isso?
       - Nós somos tão pequeninos... Os menores dos menores... - começou Mbere. - Podíamos nos esconder na sombra das árvores...
       - E colados aos troncos enormes - continuou Nkwa - podíamos escapar dos nossos inimigos gigantes...
       - Os gigantes receberam a força, na divisão, mas vou dar algo muito melhor aos pigmeus...
       E o Criador ergueu a mão.
       - Dou a vocês a coisa vermelha, o fogo, para vocês não terem mais frio. E dou os animais que caminham, que pulam, que voam, que nadam, para que jamais a fome entre na barriga de vocês. E lhes dou todas as árvores, como abrigo e como amigas. Vocês serão os senhores da floresta e, no reino dela, os pigmeus estarão em casa, livres.
Mbere e Nkwa ouviam as palavras de Khmvum boquiabertos, com a impressão de estarem vivendo um sonho. Eles, os menores entre os homens, iam se tornar os reis da floresta!
       Ardendo de impaciência e devorados pela curiosidade, viram o Criador entrar em casa e voltar em seguida, trazendo uma árvore minúscula, que acabara de se formar.
       - Esta aqui é Tii, a ancestral da floresta. É a guardiã da coisa vermelha que esquenta, que cozinha e que ilumina.
       E Khvum lhes ensinou a fazer o fogo nascer, esfregando dois pedaços de pau. Depois, plantou a arvorezinha na margem de três cores e foi se sentar, com os braços cruzados.
       - Só isso? - perguntou Mbere, pensando que uma única árvore, mesmo se crescesse muito, não era uma floresta.
       - Só isso? - repetiu Nkwa, pensando que os animais não nasciam em árvores.
       O Todo-Poderoso tinha fechado os olhos.
       - Depois da noite, o dia. Depois de uma nuvem, outra nuvem. Depois de uma árvore, outra árvore...
       Os dois pigmeus não perguntaram mais nada. Curvados, com a testa apoiada no chão, rezavam para Khmvum, quando um barulho estranho estranho os fez levantar a cabeça.
       Bem ali, diante de seus olhos, Tii começava a crescer com uma velocidade prodigiosa.
       Em pouco tempo, seu tronco estava tão grande que seis pigmeus não bastariam para rodeá-lo com os braços. O sol do meio-dia desaparecera por trás da folhagem espessa que já enchia de sombra as duas margens do rio. E a árvore continuava crescendo.
       Logo que a envergadura de seus galhos se estendeu pelo quatro cantos do horizonte, Khmvum Vali, aquele que dá a vida, aproximou-se e tocou a árvore com a palma da mão.
       Tii tremeu com o choque e fez cair sobre a planície um dilúvio de grãos. Mbere e Nkwa caíram de joelhos, maravilhados. Num instante, cada grão dava vida a uma nova árvore. Onde antes não havia nada, nascia agora um mundo ao redor deles, uma floresta profunda, que crescia a olhos vistos!
       Depois, Khmvum Kka, o mais forte entre os fortes, sacudiu com as mãos o tronco da grande ancestral e as folhas começaram a cair de uma a uma.
       Mbere e Nkwa assistiram então, fascinados, ao nascimento do mundo animal: assim que uma folha tocava o solo, começava a se arrastar, a saltar, a andar ... e ia crescendo e se transformando em serpente, em macaco, em elefante... As que ficavam dando voltas no ar logo viravam pássaros de todo tipo, e as que caíam no rio tornavam-se peixes, tartarugas, crocodilos... E toda a vida da floresta nasceu da árvore Tii.

Texto de Franck Jouve
Tradução de Ana Maria Machado

terça-feira, 3 de março de 2015

Texto do Nathan

Foi uma novelinha colocar o texto do Nathan no blog, mas no final deu certo e valeu a pena, a história ficou muito boa. Obrigada à Nicolly e à estagiária Adriana, que digitou e revisou o texto.

Nathan Guimarães Souza - sala 705 - manhã


Aviso entre tempos

   Em um tempo distante, alguns anos à frente, onde a realidade é um mundo difícil com muita escassez de água, a rotina de todos pode facilmente ser resumida: os adultos vão de casa para o trabalho e do trabalho à casa. Com as crianças, não é muito diferente, é de casa à escola e da escola para casa. Todos dessa Belo Horizonte são a sombra do que um dia já foram, tendo que sair antes do sol nascer e só retornando após ele se pôr.
   A vida é difícil, o clima em todo planeta é quente com média de 55ºC. As geleiras derreteram completamente. Que nós saibamos, não neva nem nos extremos, os mares subiram remodelando a área litorânea, ilhas e continentes. O sol estava tão quente que qualquer um que ande no sol em 5 minutos estava pegando fogo, morrendo de desidratação, desabando de cansaço e sede, ou com os ossos, músculos e órgãos derretendo. Câncer de pele e doenças nos olhos que atacam como epidemias, metrô é o único transporte para pessoas comuns, que só podem andar - pelas regras - na sombra.
   Algum tempo depois, ouviram murmúrios de que uma máquina poderia terminar com a falta de água. Todos começaram uma jornada correndo em direção à resistência do imperador, mas os robôs sentinelas os detinham.
   Um dia, um garoto chamado Zack Titãn Tesceu Zer decidiu ir em busca da solução, pegou uma esfera antiga conhecida como motor-esfera, que se transformava em moto voadora. Ele seguiu pelo metrô, que era o único lugar que levava ao palácio sem ser torrado, até chegar no fim que dava embaixo do palácio, ele encolheu a moto e subiu em direção ao porão. Quando ele viu, havia uma máquina que mostrava instruções, ele seguiu a máquina, abriu-a e percebeu que ela mostrava um gravador de vídeo, ele gravou a própria voz e imagens, e digitou os números 2-0-1-5, barra, 0-8, barra, 0-1 e apertou enviar...
   No dia marcado, a máquina regrediu aos dias atuais e foi exibido ao povo de nossa época um vídeo que mostrou:
   - Senhores, aqui quem fala é Zack Titãn! Detenham a falta d'água, vai haver graves consequências, vocês podem mudar o futuro, passar de falta à abundância de água. A escolha é de vocês.

segunda-feira, 2 de março de 2015

A criação do universo na Mitologia Nórdica


       Primeiro, havia o Caos, que era o Nada do Mundo, e isto era tudo quanto nele havia. Nem Céu, nem Mar, nem Terra - nada disto havia. Apenas três reinos coexistiam: o Ginnungagap (o Grande Vazio), abismo primitivo e vazio, situado entre Musspell (o Reino do Fogo) e Niflheim (a Terra da Neblina), terra da escuridão e das névoas geladas. Durante muitas eras, assim foi, até que as névoas começaram a subir lentamente das profundezas do Niflheim e formaram no medonho abismo de Ginnungagap um gigantesco bloco de gelo.
       Das alturas abominavelmente tórridas do Musspell, desceu um ar quente e este encontro do calor que descia com o frio que subia de Niflheim começou a provocar o derretimento do imenso bloco de gelo. Após mais alguns milhares de eras - pois que o tempo, então, não se media pelos brevíssimos anos de nossos afobados calendários - o gelo foi derretendo e pingando e deixando entrever, sob a outrora gelada e espessa capa branca, a forma de um gigante.
       Ymir era o seu nome - e por ser uma criatura primitiva, dotada apenas de instintos, o maniqueísmo batizou-a logo de má. Ymir dormiu durante todas estas eras, enquanto o gelo que o recobria ia derretendo mansamente, gota à gota, até que, sob o efeito do calor escaldante de Musspell, que não cessava jamais de descer das alturas, eis que ele começou a suar. O suor que lhe escorria copiosamente do corpo uniu-se, assim, à água do gelo, que brotava de seus poderosos membros - e este suor vivificante deu origem aos primeiros seres vivos. Debaixo de seu braço surgiu um casal de gigantes e da união de suas pernas veio ao mundo outro ser da mesma espécie, chamado Thrudgelmir. Estes três gigantes foram as primeiras criaturas, que surgiram de Ymir; mais tarde, Thrudgelmir geraria Bergelmir, que daria origem à toda a descendência dos gigantes.
       Entretanto, do gelo derretido também surgira, além das monstruosidades já citadas, uma prosaica vaca de nome Audhumla, de cujas tetas prodigiosas manavam quatro rios, que alimentavam o gigante Ymir. Audhumla nutria-se do gelo salgado, que lambia continuamente da superfície, e, deste gelo, surgiu ao primeiro dia o cabelo de um ser; no segundo, a sua cabeça; e, finalmente, no terceiro, o corpo inteiro. Esta criatura egressa do gelo chamou-se Buri e foi a progenitora dos deuses. Seu primeiro filho chamou-se Bor, e, desde que pai e filho se reconheceram, começaram a combater os gigantes, que nutriam por eles um ódio e um ciúme incontroláveis.
       Esta foi a primeira guerra de que o universo teve notícia e incontáveis eras sucederam-se sem que ninguém adquirisse a supremacia. Finalmente, Bor casou-se com a giganta Bestla e, desta união, surgiram três notáveis deuses: Wotan (também chamado Odin), Vili e Ve. Dos três, o mais importante é Wotan, que um dia chegará a ser o maior de todos os deuses. E, porque assim será, um dia, ele próprio disse a seus irmãos:
       - Unamo-nos a Bor e destruamos Ymir, o perverso pai dos gigantes!
       Os quatro juntos derrotaram, então, o poderoso gigante, e com sua morte, acabou também a quase totalidade dos demais de sua espécie, afogada no sangue de Ymir. Um casal, entretanto, escapou do massacre: Bergelmir e sua companheira, que construíram um barco feito de um tronco escavado e foram se refugiar em Jotunheim, a terra dos Gigantes, onde geraram muitos outros. Desde então, a inimizade estabeleceu-se, definitivamente, entre deuses e gigantes, cada qual vivendo livremente em seu território, mas sempre alerta contra o inimigo.
       Dos restos do cadáver do gigantesco Ymir, Wotan e seus irmãos moldaram a Midgard (Terra-Média): de sua carne, foi feita a terra; enquanto que, de seus ossos e seus dentes, fizeram-se as pedras e as montanhas. O sangue abundante de Ymir correu por toda a terra e deu origem ao grande rio que cerca o universo.
       - Ponhamos, agora, a caveira de Ymir no céu - disse Wotan a seus irmãos, após haverem completado a primeira tarefa.
       Wotan fez com que quatro anões mantivessem a caveira suspensa nos céus, cada qual colocado num dos pontos cardeais. Em seguida, das faíscas do fogo de Musspell, brotaram o sol, a lua e as estrelas; enquanto que, do cérebro do gigante, foram engendradas as nuvens, que recobrem todo o céu.
       Entretanto, após terem remexido a carne do gigante, com a qual moldaram a terra, os três deuses descobriram nela um grande ninho de vermes. Wotan, penalizado destas criaturas, decidiu dar-lhes, então, uma outra morada, que não, o Midgard. Os seres subumanos, que pareciam um pouco mais turbulentos que os outros, foram chamados de Anões e receberam como morada as profundezas sombrias da terra (Svartalfheim). Os demais, que pareciam ter um modo mais nobre de proceder, foram chamados de Elfos e receberam como morada as regiões amenas do Alfheim.
       Completada a criação de Midgard, caminhavam, um dia, Wotan e seus irmãos sobre a terra para ver se tudo estava perfeito, quando encontraram dois grandes pedaços de troncos caídos ao solo, próximos ao oceano. Wotan esteve observando-os longo tempo, até que, afinal, teve outra grande ideia:
       - Irmãos, façamos de um destes troncos um homem e do outro, uma mulher! E assim se fez: ele foi chamado de Ask (Freixo) e ela, de Embla (Olmo). Wotan lhes deu a vida e o alento; Vili, a inteligência e os sentimentos; e Ve, os sentidos da visão e da audição. Este foi o primeiro casal, que andou sobre a terra e originou todas as raças humanas que habitariam por sucessivas eras a Terra-Média. Depois que Midgard e os homens estavam feitos, Wotan decidiu que era preciso que os deuses tivessem também uma morada exclusiva para si:
       - Façamos Asgard e que lá seja o lar dos deuses! - exclamou ele, que, como se vê, era um deus de energia e vontade inesgotáveis.
       Este reino estava situado acima da elevada planície de Idawold, que flutuava muito acima da terra, impedindo que os mortais o observassem. Além disso, um rio cujas águas nunca congelavam - o Iffing - separava a planície do restante do universo. Mas, Wotan, sábio e poderoso como era, entendeu que não seria bom se jamais existisse um elo de ligação entre deuses e mortais. Por isso, determinou que fosse construída a ponte Bifrost (a ponte do Arco-íris), feita da água, do fogo e do mar. Heimdall, um estranho deus nascido ao mesmo tempo de nove gigantas, ficaria encarregado, desde então, de vigiá-la noite e dia para que os mortais não a atravessassem livremente no rumo de Asgard. Para isso, ele portava uma grande trompa, que fazia soar todas as vezes que os deuses cruzavam a ponte.
       A morada dos deuses possuía várias residências, as quais foram sendo ocupadas pelos deuses à medida que iam surgindo. O palácio de Wotan, o mais importante de todos, era chamado de Gladsheim. Ali, o deus supremo linha instalado o seu trono mágico, Hlidskialf, de onde podia observar tudo o que se passava nos Nove Mundos e receber de seus dois corvos, Hugin (Pensamento) e Muniu (Memória), as informações trazidas das mais remotas regiões do universo.
       Entretanto, se na mais alta das regiões estava situado o paraíso daquele soberbo universo, nas profundezas da terra, muito abaixo de Midgard, estava o Niflheim, o horrível e gelado reino dos mortos. Lá pontificava a sinistra deusa Hel, filha de Loki, que se regozija com a fome, a velhice e a doença, e que tem ao lado a serpente Nidhogg. Esta se alimenta dos cadáveres dos mortos e se dedica a roer continuamente uma das raízes da grande árvore Yggdrasil, um freixo gigantesco que se eleva por cima do mundo e deita suas raízes nos diversos reinos, entre os quais, o próprio Asgard. Ao alto da copa frondosa dessa imensa árvore, sobrevoa uma gigantesca águia, que vive em guerra aberta contra a serpente Nidhogg. Um pequeno esquilo - Ratatosk -, que passa a vida a correr desde o alto da Árvore da Vida até as profundezas onde está a terrível serpente, é o leva-traz dos insultos que essas duas criaturas se comprazem em trocar sem jamais esgotar seu infinito estoque de injúrias.
       Nessa árvore fundamental, diz a lenda que o próprio Wotan esteve pendurado durante nove longas noites, com uma lança atravessada ao peito, para que pudesse aprender o significado oculto das Runas, o alfabeto nórdico, que rege e governa a vida dos deuses e dos homens. Quando seu martírio terminou, Wotan havia se tornado, definitivamente, o mais poderoso e sábio dos deuses, tendo o poder de curar doenças e de derrotar os inimigos com sua poderosa lança, Gungnir - ao mesmo tempo, sua mais poderosa arma e local de registro de todos os seus acordos.
       Yggdrasil é o centro do mundo, e, enquanto suas raízes continuarem a suportar o peso de seu prodigioso tronco e de seus ramos infinitos, o mundo estará firme e a vida será soberana, sob os auspícios de Wotan, senhor dos deuses.

Fonte: http://www.mitologia.templodeapolo.net/